Em pleno século XXI, o trabalho escravo ainda persiste na maioria dos países. No Brasil a grande concentração ocorre no meio rural, mas, nas áreas urbanas a situação não é muito diferente. As questões foram debatidas no Simpósio “Trabalho Escravo Contemporâneo”, organizado pela da Escola Judicial da Corte e do Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas e Discriminação do TRT, da 15 Região.
Um dos palestrantes foi o professor e jornalista fundador da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto. Segundo ele, desde 1995 o Governo Federal resgatou mais de 54 mil trabalhadores em situação análoga a escravidão. O problema é que no país o combate do trabalho escravo é uma das politicas de estado e não do governo. Porém, apesar do pesares, a fiscalização continua. Segundo o palestrante a economia acaba se beneficiando do trabalho escravo em nome da lucratividade e competitividade.
Para o professor e doutor em sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Rezende Figueira, a destituição do Ministério do Trabalho foi um grande erro. Em sua opinião, o Governo Federal está empurrando o mercado de trabalho para a chamada uberização. Para complicar a situação não existem regras sobre as novas relações de trabalho.