O vereador de Paulinía, Tiguila Paes, do Cidadania, deveria se entregar na Delegacia Seccional de Campinas até o início da tarde desta quinta-feira, mas não compareceu ao local. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
O vereador é investigado em um processo que corre em segredo e que apura golpes em venda de terrenos. Ele foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa, estelionato e ainda lavagem de dinheiro.
Os
crimes teriam ocorrido entre 2014 e 2015. Segundo a investigação, Tiguila e
outros denunciados pelo MP enganaram várias pessoas por meio da simulação de
venda de casas no residencial Pazetti e em outros empreendimentos.
De acordo com os promotores, as vítimas de foram atraídas pelo preço acessível,
pela desburocratização e pela possibilidade de pagamentos parcelados. O golpe
foi possível com o envolvimento de servidores públicos e ainda uma entidade.
No dia 24 de outubro, como parte desse mesmo processo, a Justiça já tinha bloqueado os bens do vereador. O advogado dele, Juan Felipe Camargo Coimbra de Souza, afirmou que Tiguila está em viagem e por isso não se entregou.
A defesa confirmou que entrou com um pedido de habeas corpus. Já a assessoria do parlamentar se manifestou. Na nota, diz que Tiguila “é inocente, vítima de acusações mentirosas e que provará à Justiça tais inverdades”.