Após assinar a nota de repúdio da Frente Nacional de Prefeitos, o presidente da entidade e Chefe do Executivo de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, voltou a criticar a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL, sobre o AI-5.
Se no posicionamento de 31 de outubro da FNP Jonas definiu a afirmação do filho do presidente Jair Bolsonaro, do PSL, como “afronta à democracia”, desta vez disse esperar providências do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Na opinião do prefeito, o Ato Institucional Número Cinco, implantado em 13 de dezembro de 1968 na ditadura militar, não deveria servir como exemplo de reação do Governo Federal a manifestações em pleno período democrático.
No entendimento de Jonas, o posicionamento do deputado exige combate para que posições semelhantes não sejam normalizadas. Ele também considerou a fala “descabida” por ignorar que Jair Bolsonaro foi eleito democraticamente.
Deputado federal mais votado do Brasil nas últimas eleições, Eduardo Bolsonaro disse em entrevista que uma das respostas do Palácio do Planalto a possíveis protestos radicais da esquerda seria a implantação de um novo AI-5. Dias depois do posicionamento e diante das reações negativas e críticas de figuras políticas, públicas, ex-presidentes e representantes de entidades e instituições, Eduardo alegou ter sido “infeliz” ao se expressar daquela forma.