Grande parte do secretariado municipal de Campinas participou na manhã desta segunda-feira de uma audiência pública na Câmara para debater o projeto da lei orçamentária da cidade para 2020. A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Constituição e Legalidade do Legislativo. O orçamento previsto é de R$ 6,2 bilhões. O montante é 7,19% maior que o de 2019.
O secretário de Finanças, Tarcísio Cintra, explica o porquê desse aumento significativo diante de um cenário ainda de crise. “O orçamento, a base dele, é a arrecadação e a previsão de arrecadação. Nós estamos com uma inflação de quase 3% e uma previsão de crescimento do PIB de 2%, o que dá quase 5%. Os outros 2% se refere à expectativa para a economia local”, detalha.
No orçamento 2020, a área da Saúde é a que concentra o maior volume de recursos. No total, a pasta deverá receber R$ 1,5 bilhão. Desse valor, R$ 1,2 bilhão para a Secretária de Saúde e R$ 283,4 milhões para a Rede Mário Gatti.
De acordo com o secretário de Saúde, Cármino de Sousa, os investimentos no setor terão continuidade, mas através de parcerias.
“Eu sou um entusiasta disso, porque eu acho que nós temos muita dificuldade de ter recursos de investimento. E a nossa capacidade de investimento fica quase toda colocada nas chamadas contrapartidas né?”, define.
A Secretaria da Educação concentra a segunda maior fatia do orçamento municipal. Para 2020 serão destinados R$ 1,2 bilhão. A Secretaria de Serviços Públicos ficará com o terceiro maior orçamento, com R$ 445 milhões para serem utilizados na manutenção da cidade.
Apesar de um aumento de 7,19% no orçamento municipal para o ano que vem, várias secretarias terão corte orçamentário. O maior índice é o de Infraestrutura, com uma queda de 52,1%. No caso da Secretaria de Cultura, o índice negativo será de 2,24%, menor que neste ano. Para o titular da Pasta, Nei Carrasco, o corte não vai fazer tanta diferença. “O mais significativo mesmo é que haja receita pra que a gente possa executar. Os valores não são ruins. O problema que tivemos antes foi com a arrecadação nos últimos anos”, garante.
Os cortes orçamentários estão previstos também em Recursos Humanos, Transportes, Habitação, Serviços Públicos, Assistência Social e Desenvolvimento Econômico e Turismo. O PL para 2020 deverá ser votado pela Câmara até o final do ano.
