A média de chuva foi de 33 milímetros em outubro nas bacias dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari. Mas o índice histórico para o mês nos últimos 15 anos na região foi de 110 milímetros. A diferença assusta e o alerta existe.
Por esse motivo, o Conselho Fiscal do Consórcio PCJ se reuniu para discutir a situação crítica dos níveis de precipitação e vazão na região de Campinas. A gerente técnica da entidade, Andrea Borges, participou do encontro.
Apesar de reconhecer que a preocupação é crescente, ela explica que o risco de desabastecimento ainda não é real devido à reserva do Sistema Cantareira, que tem atualmente 41,5% de volume útil, melhor do que em anos anteriores.
A explicação para o nível do Cantareira passa principalmente pela transposição de água da bacia do rio Paraíba do Sul, que é feita do reservatório de Igaratá para o reservatório de Atibainha. A interligação foi inaugurada em 2018.
Só que nem todos os municípios são abastecidos pelo sistema. Isso faz com que a necessidade de reservatórios próprios fique ainda mais evidente. A estiagem vai chegando ao fim e a lição para o próximo período é inevitável.
Mas mesmo com o índice ainda positivo de capacidade, os próprios rios formadores das represas do Cantareira causam preocupação, já que a vazão de afluência natural é baixa por conta justamente da falta de chuvas.
Com isso, o Consórcio PCJ anunciou que uma análise comparativa é feita para identificar semelhanças e diferenças entre os índices atuais e os dados de 2013, ano que antecedeu a maior estiagem já registrada no Estado de São Paulo.