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Passageiros se preocupam com acidentes de ônibus em Campinas

Foto: Leandro Las Casas

Esta semana foi marcada por três acidentes envolvendo ônibus em Campinas, incluindo a morte de um bebê, que foi atropelado, uma mulher que teve o braço decepado e um idoso também atropelado. As ocorrências entraram nas estatísticas registradas no Caderno de Acidentalidade da Emdec.

Dado do ano passado, divulgados em julho deste ano, apontam que dos veículos envolvidos nas ocorrências de atropelamentos fatais, 26,7% se tratam de ônibus do sistema de transporte público, causando a morte de 10 pessoas.

Nas três ocorrências desta semana, não houve a intenção, nem a responsabilidade exclusiva dos motoristas dos coletivos envolvidos. No entanto, a população da cidade cita a falta de motivação e de treinamento dos motoristas entre as causas o problema.

Para Maria Denilde, os motoristas são mal educados e a Emdec não contribui por causa da falta de sinalização nas indicações de paradas e itinerários. “Da janela da minha casa eu vejo as barbaridades que eles fazem. Eles colam nas traseiras dos carros e avançam o sinal vermelho”, afirma a professora.

Para a aposentada Lídia Abel, os motoristas de ônibus não respeitam os idosos. “A gente que tá com mais idade entra no ônibus e eles já arrancam e saem. Eu quase caí várias vezes”, conta ela. Já a comerciante Ruth dos Santos acha que a reclamação refere-se apenas a uma minoria dos motoristas. “Alguns são bons sim, mas tem outros que só por Deus”, finaliza.

Vacilos de pedestres e passageiros também são comuns por causa da correria do dia a dia. Como ocorreu com Adriano Dopler, que se arriscou no sinal vermelho alegando muita demora em abrir para o pedestre. “Todo farol demora. Mas a gente que tem pressa sempre acha que demora mais. Mas a gente sempre olha pra ver se não vem carro”, reconhece o comerciário.

O Setcamp, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas, abriu sindicâncias internas para apurar as circunstâncias e responsabilidades do que aconteceu nos casos do atropelamento e morte do bebê no Jardim Maracanã, e da jovem que perdeu o braço na Avenida das Amoreiras. Em relação ao atropelamento do idoso na Rua Delfino Cintra, o veículo envolvido era de uma cooperativa, com isso o caso não compete ao Setcamp.

A Emdec informou que acompanha a apuração das circunstâncias das três ocorrências, que é feita pela Polícia Civil. Além disso, acionou as empresas operadoras responsáveis pelas linhas, para prestar esclarecimentos sobre os fatos. Informou ainda que os motoristas do sistema de transporte público coletivo municipal recebem treinamentos periódicos sobre direção segura e preventiva. Ressalta que o último balanço de acidentalidade divulgado pela Emdec aponta que o número de ônibus envolvidos em acidentes fatais caiu de 17 para 10 veículos.

 

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