População aprova escola a receber gestão cívico-militar

Foto: Leandro Las Casas

O anúncio da Secretaria de Educação de Campinas de que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Odila Maia Rocha, no Jardim São Domingos, é a escolhida para seguir o modelo cívico-militar foi bem recebido no bairro. Para moradores da região onde fica a unidade, na zona sul da cidade, mesmo que a qualidade do ensino não seja questionada, o local precisa de mais disciplina e ordem devido às ocorrências frequentes de atos de vandalismo.

A dona de casa Raquel da Silva mora em frente à escola. Ao ser informada sobre como vai funcionar o projeto, não vê problemas na limpeza e na manutenção, mas afirma que a colocação de militares da reserva na gestão vai ser positiva. “A questão não é a sujeira, é a falta da educação. Eles não obedecem, não têm cooperação. É muito vandalismo dentro da sala de aula”, opina a moradora.

Outro aspecto citado é a segurança. Quem afirma é Roseli Santos, mãe de uma aluna matriculada no sexto ano da unidade. Para ela, que também não questiona o ensino, toda mudança é bem-vinda para melhorar o ambiente. “Fica mais segura a escola né? Porque eu acho que a escola estão tá abandonada. A escola em si eu não posso reclamar, mas se é pra melhoria eu acho bom”, diz.

A escolha pelo local, segundo a Secretaria de Educação, foi definida com base na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, 4,7, abaixo da média estadual, de 4,8, e pelo fato da escola estar em uma região de vulnerabilidade. Os pais, alunos e professores que compõem o Conselho de Escola serão ouvidos e terão poder de voto sobre a possibilidade de mudança na gestão. E o prefeito Jonas Donizette, do PSB, promete a consulta para breve, mas não dá prazo.

Responsável pela inscrição da cidade no projeto-modelo do Governo Federal, ele foi questionado sobre uma possível rejeição da comunidade ao modelo e alegou que entenderia a posição e que outra escola poderia ser selecionada. “A decisão eu vou respeitar. Se decidir que não, nós vamos perguntar ao Governo Federal se é possível oferecer para outra. Se puder, vamos seguir os mesmos critérios, mas ainda vamos passar o carro diante dos bois”, afirma.

Ao todo, a unidade municipal conta com 775 estudantes, 34 professores e 11 trabalhadores administrativos. Se receber a gestão cívico-militar, deve passar a contar com 20 militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros. A promessa é de que cada escola incluída receba R$ 1 milhão a ser aplicado em melhorias. A gestão, segundo o MEC, será dos militares, mas eles não ocuparão os cargos dos profissionais. O projeto pedagógico não deverá sofrer influência.

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