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Sem ministério, Saúde compra inseticida contra dengue

Campinas retomou a nebulização para eliminar a fase adulta do mosquito transmissor da dengue. O município estava sem aplicar a medida nos bairros desde maio, quando o Ministério da Saúde deixou de fornecer o inseticida. A diretora da Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben, explica que o contato com a União foi mantido, mas não houve qualquer resposta sobre prazos. Com isso, a Prefeitura teve que desembolsar R$ 11,2 mil para a aquisição do veneno.

Como o inseticida que era fornecido pelo Governo Federal não é comercializado, outro produto foi comprado. A opção pode ser 50% menos eficaz contra o aedes aegypti, mas Von Zuben alega que ela serve para o trabalho previsto na cidade. “No Brasil, em algumas regiões o mosquito não morre na quantidade ideal. Só que em Campinas, o uso é parcimonioso e a gente sabe que a maioria vai morrer. E é melhor do que deixar a transmissão”, defende a especialista.

A médica infectologista da Vigilância em Saúde alega também que o veneno contra o mosquito é ainda menos tóxico que o anterior, mas justifica que todos os cuidados são tomados para que não haja qualquer chance de intoxicação.

Atualmente, Campinas tem doses suficientes para contemplar 20 mil imóveis. A nebulização é feita em áreas nas quais é identificada a necessidade de bloqueio de vetores. A primeira região selecionada foi o distrito de Barão Geraldo. “A gente trabalha semanalmente em um grupo técnico. A gente coloca em mapas digitais onde ocorre a transmissão. E aí delimita a área pra tomar a decisão. A primeira a receber o inseticida será a região noroeste”, detalha.

A cidade registra a terceira maior epidemia da história. Desde janeiro foram 26.242 casos, com cinco mortes. As duas maiores epidemias de dengue ocorreram em 2014 e 2015, com respectivamente 42,1 mil e 65,6 mil infectados.

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