O reconhecimento do Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Doutor Horácio Antônio da Costa, Cerecamp, como patrimônio histórico da cidade deve ser formalizado nos próximos dias em publicação no Diário Oficial do Município.
Para o presidente da Comissão de Representação da Câmara de Vereadores que aborda o assunto, vereador Gustavo Petta, do PCdoB, trata-se de uma “vitória”, principalmente porque dificulta a venda do espaço para interesse imobiliário.
A proposta do governo estadual foi apresentada em um projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa em setembro deste ano. O texto não prevê a preservação histórica da construção, popularmente conhecida como Estádio da Mogiana.
“A decisão do Condepacc não impede a venda. O estádio pode até ser vendido, mas terá que ser preservado. Então isso é muito importante para a memória e para a história da cidade”, comemora o vereador.
A aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas seu deu por 10 votos favoráveis, oito contrários e três abstenções e permite ainda o uso do potencial construtivo para intervenções de reforma e manutenção do local.
“Na verdade, hoje o estádio é utilizado só pra jogos, mas não pode ter público em grande número por conta de demandar uma reforma urgente. E o potencial construtivo é uma oportunidade de usar os recursos pra preservação”, finaliza.
Construído em 1940 e com capacidade para 4 mil pessoas, o Cerecamp, ou Estádio da Mogiana, foi um dos principais estádios do país, mas está desativado desde 2009. Atualmente, só recebe partidas de competições amadoras, sem torcida.