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Bares e restaurantes se adaptam aos preços da carne

Foto: Marco Guarizzo

Os preços da carne obrigaram os donos de restaurantes e bares de Campinas a buscarem soluções, como hambúrgueres menores e pesagem separada. Outros, até absorveram o aumento, mas não puderam repassar o custo final aos clientes. A preocupação se justifica. Em novembro, o valor do produto disparou 8,09%. Conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a carne teve o maior impacto na inflação, que acelerou a 0,51% no décimo primeiro mês do ano.

João Mauro Irra Dias é proprietário de um restaurante que fica no centro da cidade. Ele sente no bolso, assim como todos os brasileiros. Só que nem sempre pode readequar o cardápio e optar por outros cortes, ou até mesmo proteínas. “Algumas situações a gente consegue substituir por um corte não tão caro do bovino. Mas algumas situações a gente tem que absorver esse custo, porque é um restaurante por quilo, então a gente não consegue deixar de ter”, conta ele.

O assunto refletiu tanto nas finanças dos estabelecimentos que motivou um encontro recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas. Na pauta, justamente a busca por alternativas. O presidente da Abrasel na RMC, Matheus Mason, é categórico: o momento é delicado, já que é inviável repassar aos pratos e lanches um percentual elevado, superior a 150%, sob o risco de reduzir a margem de lucro e afastar o cliente.

Mason cita o que empresários fizeram como exemplo do que pode dar certo para driblar o panorama. Locais à la carte optaram por substituir a carne por outras proteínas, e as lanchonetes criaram hambúrgueres com tamanhos menores. “Soluções que não encareçam no bolso do cliente. Tem self-service que colocou uma balança diferente pra pesar proteína. Teve solução de hambúrguer que a pessoa come o lanche, mas com um pouquinho menos de carne”, detalha.

Mas enquanto sugere medidas e soluções aos associados, o presidente da Abrasel diz esperar uma redução no valor da carne vermelha. Para ele, os produtos devem ter redução a partir do primeiro semestre do ano que vem.

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