Com a alta constante da gasolina, boa parte dos consumidores tem optado por abastecer com etanol. Só que esta opção tem também ficado cara na opinião dos consumidores de Campinas. O aumento do litro chega a R$ 0,10, em média, nas bombas. Em Campinas, em postos do Balão do Timbó e da Morte e na Avenida General Carneiro, por exemplo, o litro do etanol subiu de R$ 2,79 para R$ 2,89 na última semana. Já em um posto da Avenida Benjamin Constant, no centro da cidade, o preço se manteve estável, nos R$ 2,79.
O consumidor Gabriel Fernando conta que é preciso, cada vez mais, pesquisar preços para não acabar pagando mais caro. “Tá subindo sim. Aqui tá mais barato. E no geral tá mais alto sim”, define. Helena de Paula mora em Paulínia, cidade onde ela afirma que o preço do etanol tem subido ainda mais. “E era pra ser mais barato. Aí a gente tem que garimpar sim”, reclama.
De acordo com o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, em um cenário de livre mercado, o aumento da procura peloeEtanol pode impactar nos preços. “É questão de oferta e demanda. Esse ano teve aumento muio forte na oferta, foi uma safra alcooleira. Mas a demanda foi muito maior. Agora, nesse período, terminou a safra. E o mercado vai se ajustar”, alega. Padua, no entanto, afirma que o etanol continua compensando.
No acumulado da safra 2019/2020, o volume de etanol produzido foi de 31,72 bilhões de litros, sendo 9,68 bilhões de etanol anidro e 22,04 bilhões etanol hidratado. Números que apontam a maior produção de etanol da história da região Centro-Sul. O recorde na produção, no entanto, veio acompanhado de recorde também na procura pelo produto. As vendas de etanol pelas unidades produtoras do Centro-Sul em novembro foram de 2,83 bilhões de litros, sendo 143,81 milhões destinados à exportação e 2,69 bilhões ao mercado interno.
