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Justiça suspende consulta popular sobre escola cívico-militar

Uma liminar concedida pela Justiça suspendeu a consulta pública que acontecia na Escola Municipal Professora Odila Maia Rocha, no início da noite desta quarta-feira. Alunos com idade superior a 16 anos, pais, funcionários e professores iriam votar se desejariam que a escola adotasse o modelo proposto pelo Governo Federal. A movimentação começou a aumentar a partir das 18 horas, horário previsto para o cadastramento das pessoas aptas a votarem. A votação deveria começar às 19 horas, mas os responsáveis pela condução da consulta iniciaram o trabalho junto ao cadastramento.

Do lado de fora, havia várias faixas informando o horário previsto e quando questionados, não souberam informar com precisão o porquê da liberação dos votos. “Não, a votação estava prevista para as 18 horas”, disse uma funcionária. “A gente abriu para o cadastramento e a pessoa já vota. Ela não precisa esperar pra votar”, afirmou outro fiscal. “Antes estava prevista uma reunião, que aconteceu no sábado. Então não houve reunião e hoje foi somente a votação”, disse um terceiro funcionário da escola.

Assim, a votação começou e transcorria normalmente, até que a prefeitura foi notificada da decisão judicial. A liminar foi concedida pela juíza Fernanda Silva Gonçalves, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, que aceitou o pedido feito pela Promotoria de infância e Juventude de Campinas. De acordo com a promotoria, o processo precisa de um debate maior com a sociedade, e por isso, o adiamento se faz necessário. A ação corre em segredo de Justiça. Assim que a prefeitura acionou o responsável pela consulta popular, ele interrompeu o processo de votação e lacrou as urnas. A partir daí houve muita gritaria e bate boca.

Inconformadas, as pessoas que defendem a militarização da escola criticavam a decisão judicial e a presença de manifestantes contrários. “O que que esse povo da Unicamp está fazendo aqui. Se nem conhece a nossa região”, gritavam. Do lado de fora, mais confusão. Um adolescente acusou um adulto de agressão e o bate boca aumentou. A Guarda Municipal precisou intervir e retirou o homem do local e levou o caso para a 2ª delegacia seccional de Campinas, para o registro da ocorrência. O acusado negou que tenha agredido o jovem. Após a confusão, as pessoas dispersaram e a escola fechou a porta.

A prefeitura de Campinas informou que decidiu interromper a votação, assim que a notificação chegou no Palácio dos Jequitibás. Agora, o município vai estudar o que será feito.

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