A redução do efetivo da Polícia Federal gerada por reestruturações no setor e pelo crescimento nos pedidos de aposentadorias tem sido contornada pela Polícia Federal de Campinas através de uma reorganização que tem sido implantada no órgão. O Brasil já contou com cerca de 14 mil policias federais e hoje não atinge nem 10 mil.
De acordo com o Delegado e Chefe da Polícia Federal de Campinas, Edson Geraldo de Souza, a maioria dos policiais que atingiram os requisitos necessários, se aposentou, gerando neste processo uma perda de 15 policias federais, em Campinas. “130 mil homens no estado de São Paulo ligados às forças de segurança. Na Polícia Federal, são 10 mil oficiais em todo o Brasil. É claro que sentimos o reflexo em Campinas. A cidade tem um grande efetivo, mas também tem uma demanda ainda maior. Então a conta não fecha”, afirma.
A alternativa encontrada para contornar a situação tem sido uma grande reestruturação que já está refletindo bons resultados, como a redução no número e no tempo das investigações. Para reforçar o foco na investigação de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, estão sendo identificados os policiais com perfil pra este tipo de investigação, além da troca de informações com policiais com experiência na apuração de crime financeiros.
Sobre o polêmico fim da prisão em segunda instância, o delegado afirma que a decisão não interfere no trabalho da Policia Federal. “Porque nosso trabalho é pré processual, ou seja, nós trabalhamos antes da atuação da Justiça”, explica. Em relação ao ataque de uma quadrilha ao Aeroporto Internacional de Campinas em outubro deste ano, o delegado considerou ter sido um verdadeiro dia de guerra na cidade, com a morte de 3 criminosos, além de um policial e uma civil feridos, mas, que apesar disso, foi uma ocorrência em que a segurança pública respondeu muito bem, impedindo que o roubo tenha se concretizado.
