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Preços da carne devem se manter no curto prazo

Valéria Hein

Os valores salgados da carne vermelha no Brasil devem se manter no curto prazo. A previsão é do pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP e da Esalq, Tiago Bernardino de Carvalho. Para ele, a expectativa de que os preços continuem altos se justifica por fatores como demanda maior do exterior e a queda da oferta no segundo semestre no mercado interno. Com isso, só vê chance de redução após o início de 2020. “Tem a demanda, principalmente da China e de países árabes ao longo desse ano e tem a economia doméstica melhorando. Então, no curto prazo vai manter os preços firmes. Começo do ano a gente tem pasto e mais boi gordo”, analisa.

Mas para o médio e longo prazo, a previsão é diferente, já que a chegada do primeiro semestre muda a dinâmica do mercado. Com maior oferta de animal para o abate, o pesquisador da USP e da Esalq aponta para a redução de valores. “Em médio e longo prazo, a gente tem oferta maior. Com isso, o produtor vai querer ganhar essa margem. Então esse ajuste no curto prazo vai inflacionar, mas em médio e longo prazo vai estar melhor para o consumidor”, define.

O cenário, que fez consumidores de todas as regiões do País mudarem os hábitos, é analisado pelo Cepea ao longo do ano todo. De 31 de outubro a 13 de novembro, por exemplo, os dados mostram que o aumento atingiu os 12%. No período em questão, o centro de estudos notou recordes reais alcançados pelos valores da arroba no mercado paulista. O Cepea verificou que a unidade de medida do produto chegou a ser negociada por R$ 200 em regiões do estado.

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