O Centro Infantil Boldrini de Campinas, referência no tratamento de doenças onco-hematológicas em crianças e jovens, comemora neste sábado, dia 25, 42 anos. Os índices de sobrevida de pacientes na instituição chegam a 80%, o equivalente a países desenvolvidos.
Silvia Brandalise, presidente do Boldrini, cita como um dos grandes desafios desta trajetória enfrentar a burocracia e as taxas para importação de medicamentos no Brasil. Para ela, a falta de remédios para o câncer infantil é mais grave hoje que há oito anos.
Bradalise cita ainda os medicamentos falsos ou sem eficácia que o Brasil tem aprovado para importação, da Índia e da China, por exemplo. Para combater os medicamentos falsos e garantir a meta do Boldrini de 100% de cura, a instituição tem contado com a ajuda da sociedade para a compra de medicamentos seguros.
Silvia cita ainda um programa da Unicamp para monitorar a toxidade e a autenticidade dos medicamentos importados pelo Governo Federal. Além do subir de 80 para 100% o índice de cura, ela cita como a grande meta o combate às causas da doença. Outro assunto abordado é a necessidade de limitar o uso de produtos agrotóxicos, de dedetização doméstica e pulverização.
Nesses 42 anos, o Boldrini atendeu aproximadamente 30 mil pacientes encaminhados com a suspeita, ou o diagnóstico de câncer e doenças hematológicas. Atualmente, 10 mil estão em acompanhamento.