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Campinas ainda não divulgou dados da dengue em 2020

arquivo/cbn

A Prefeitura de Campinas ainda não divulgou boletim oficial sobre a dengue neste primeiro mês do ano. De acordo os dados da Secretaria Municipal de Saúde , em 2019 foram registrados 26.306 casos da doença na cidade. Deste total, cinco pessoas morreram. O ano passado registrou a terceira maior epidemia desde 2007, quando os índices passaram a ser divulgados. Em 2014, foram 42.109 casos e 10 mortes. Em 2015, os números foram ainda maiores: 65.634 confirmados e 22 óbitos.

No ano passado, a região com o maior número de casos foi a noroeste, com 7130 confirmações. E a reportagem voltou aos bairros localizados nesta região para chegar a situação neste inicio de ano. Pelas ruas, não é difícil encontrar amontoados de lixo com inúmeros recipientes que podem se tornar criadouros do mosquito aedes aegypti, o transmissor da dengue. Na Rua Osvaldo Peralva, onde funcionava o antigo Centro de Saúde do Jardim Florence, o terreno está vazio, mas não totalmente limpo.

O motorista Emanuel Nogueira mora na Rua Rosa Chaves da Silva, no Jardim Florence 2, e já foi vitima da doença várias vezes. Ele explica que tem tomado todos os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor, mas não sabe como anda a situação na vizinhança. “Na minha rua, o postinho passa direto olhando se tem foco. Na minha casa não tem”, diz. A dona de casa Maria de Freitas Machado mora no Jardim Florence, bairro que no ano passado registrou grande incidência. Ela explica que, por sorte, ninguém em sua casa foi infectado. As precauções para evitar os criadouros do mosquito transmissor, segundo ela, estão sendo tomadas. “A gente tem que se cuidar e tomar conta do quintal”, garante.

Em outro bairro da região noroeste, o Jardim Ipaussurama, a situação não é diferente. O vigilante Osmar Domingos Moreno mora no bairro e no ano passado foi uma das inúmeras vítimas com diagnóstico confirmado. “Não quero que ninguém passe por isso. Eu emagreci 8 kg e fui afastado do serviço”, relembra. No bairro vizinho, Residencial Parque da Fazenda, o grande problema é o matagal que toma conta dos terrenos vazios e áreas públicas. Na praça existente na Rua Antonio Carlos Quariguasi da Frota, é impossível transitar por conta do mato alto que invade até a calçada. Para a autônoma Edna dos Santos, o descaso é do poder público, mas a população tem a sua parcela de culpa. “A Prefeitura poderia roçar o mato. Mas a população deveria ter vergonha e parar de descartar lixo em terrenos”, reclama.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas informou que ainda não há boletim sobre a dengue referente a 2020. Informou também que a Secretaria Municipal de Saúde iniciou no último dia 9 uma nova estratégia de comunicação para o combate à dengue. Conforme surgirem áreas onde há registro de casos suspeitos da doença, elas serão divulgadas, via mídias sociais.  Segundo a coordenadora municipal do Programa de Arboviroses, Heloísa Malavasi, a ideia é que a informação seja usada para mobilizar a população para manter a rotina de combate dentro dos imóveis.

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