Os índices de criminalidade contra taxistas de Campinas registraram queda nos dois últimos anos, de acordo com um levantamento do sindicato da categoria. Os números apontam que, em 2019, foram contabilizadas oito assaltos, o que representa uma queda de 60% em relação a 2018, quando ocorreram 20 assaltos. Uma situação que tem sido constatada no dia a dia da categoria, em Campinas. “Realmente a coisa parou um pouco. Ninguém mexe mais com taxista. Está bem melhor”, disse um profissional que preferiu não se identificar.
Para o taxista João Gonçalves, a sinalização e a identificação dos táxis inibe a ação dos criminosos. “Agora os bandidos ficam mais de olho nos motoristas do Uber e a gente fica mais tranquilo”, acredita. De acordo com o sindicato, essa queda está ligada também à redução do número de táxis circulando na cidade e a um reflexo da maneira de trabalhar dos taxistas. Albino de Souza conta que a utilização de grupos de WhatsApp na comunicação entre a categoria criou um rede de apoio que tem contribuído para evitar a violência contra os taxistas. “A gente sai aqui com uns caras mais esquisitos e o pessoal fica de olho, perguntando se a gente já desembarcou os passageiros”, disse. A última morte envolvendo taxistas em Campinas foi há sete anos.
