Um grupo de pais de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Odila Maia Rocha Brito, entregou na prefeitura de Campinas um abaixo assinado com mais de 600 assinaturas, pedindo que a administração municipal tome providências sobre a suspensão das discussões envolvendo a implantação de uma unidade de ensino do modelo cívico-militar. Em segunda instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo não acatou o pedido da prefeitura de suspensão da liminar que impediu a continuação de uma consulta popular sobre a implantação do modelo proposto pelo Governo Federal.
A escola, localizada no bairro São Domingos, foi escolhida pela prefeitura para receber a unidade cívico-militar, desde que a proposta passasse pela aprovação da população local. Em dezembro passado, seria realizada uma consulta popular com alunos maiores de 16 anos, professores e pais de alunos. A votação chegou a iniciar, mas a decisão judicial suspendeu o processo, causando a revolta dos apoiadores do modelo proposto. A prefeitura de Campinas recorreu, mas o entendimento do TJ foi mantido e o processo segue parado. Aqueles que são favoráveis à escola cívico-militar fizeram um abaixo assinado e entregaram à prefeitura na tarde desta terça-feira.
A representante do grupo de pais que organizou o abaixo assinado, Simone Rodrigues Soares, disse que espera que o poder público consiga reverter a decisão, para que a população do São Domingos possa decidir sobre a escola.“A gente espera do poder público agilidade no que o Ministério Público está pedindo. Já que eles pedem mais transparência no processo, que a prefeitura atenda a exigência, para que pelo menos os interessados possam decidir se querem o modelo implantado na escola”, disse. Até o início da tarde desta terça-feira, a prefeitura de Campinas ainda não tinha sido notificada da decisão em segunda instância. A secretaria de educação foi procurada, mas não enviou resposta até o fechamento da reportagem.
