O Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, fez dois milhões de atendimentos em um período de seis meses, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado. O resultado é o segundo maior no ranking paulista. Ao todo, em 193 hospitais públicos, estaduais e municipais, foram 57 milhões de procedimentos, entre consultas, tratamentos, cirurgias, exames e medidas ambulatoriais. O TCE considera o período de janeiro a junho de 2019.
O balanço do tribunal, que avalia o serviço prestado à população, define o HC da Unicamp como um local de grande porte e mostra outros dados da unidade, que conta com 1.581 médicos e 600 leitos, somando várias especialidades. O professor, diretor executivo de Saúde da Unicamp e ex-superintendente do hospital, Manoel Barros Bertolo, ressalta a característica do complexo de ser uma referência não só regional, mas com pacientes do país inteiro.
“São seis milhões de habitantes envolvendo a DRS VII, com 42 municípios, mas atendemos pessoas do Brasil inteiro. Não só dessas cidades”, afirma.
Para gerir toda a estrutura e manter essa capacidade de atendimento, Bertolo detalha que o orçamento do Hospital de Clínicas é de cerca de R$ 700 milhões por ano, divididos entre os repasses feitos pelos SUS e pelo estado. Ele reconhece que o montante é grande, mas entende que em tempos de crise o ideal seria que a verba para saúde fosse maior. Apesar disso, defende o trabalho feito pelo HC, que considera ser suficiente e proporcional à demanda.
“Do SUS é perto de R$ 185 milhões. Do estado, o orçamento é de R$ 474 milhões. Poderia ser maior, claro. Mas já atendemos com qualidade”, diz.
O HC da Unicamp ficou atrás somente do Hospital das Clínicas da USP, na Capital, com 4,3 milhões de atendimentos, 1.455 leitos, e que foi a que mais realizou internações, com 26.830 nos primeiros seis meses de 2019.