O caso de febre hemorrágica brasileira registrado em Sorocaba, cidade que fica a 85 quilômetros de Campinas, não deve representar perigo para a população, segundo o infectologista do Hospital da PUC Campinas, André Giglio Bueno. Há 20 anos não havia diagnóstico da doença no Brasil. A vítima, um homem de 52 anos, morreu no dia 11 de janeiro no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Porém, ele passou por cinco cidades do interior paulista no período em que teria se infectado.
No Brasil, há histórico de quatro casos humanos de febre hemorrágica brasileira causada pelo mesmo vírus. O último deles detectado em 1999, em um paciente de 32 anos, residente em Espírito Santo do Pinhal, também no interior de São Paulo. O caso preocupa mais a população, porque foi registrado quase ao mesmo tempo do surgimento do coronavírus, na China, que já matou pelo menos 17 pessoas. No caso brasileiro, o médico André Giglio Bueno afirma que o registro foi isolado e que não há nenhum indicativo de que o vírus esteja circulando. “É lógico que muito possivelmente não vai ser uma doença de dimensão da dengue ou da febre amarela. Esses casos geralmente acontecem em algumas regiões mais restritas e não têm característica de epidemias. Mas é claro que serve de alerta para as ações que serão tomadas daqui para frente”, afirma.
Em relação ao coronavírus, o infectologista disse que ainda é muito cedo para qualquer detalhamento, já que as autoridades de vários países, inclusive o Brasil, estão tomando medidas preventivas.
