O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, negou que a administração municipal tenha qualquer vínculo com a empresa Cobrasin, envolvida num suposto esquema de indústria da multa em alguns municípios paulistas. A suspeita surgiu após reportagem da Rádio Bandeirantes, que teria obtido o áudio de um funcionário detalhando como o esquema funcionava. Na entrevista, o homem que dizia falar em nome da empresa, detalhou a operação fraudulenta, que consistia no aumento sistemático da aplicação de multas e o consequente rateio do valor arrecadado entre a Cobrasin e as prefeituras.
No áudio, ele citou o contrato feito em Limeira, que geraria uma arrecadação de cerca de R$ 01 milhão por mês. Na última terça-feira, 14, a prefeitura de Limeira anunciou o rompimento de três contratos referentes à fiscalização por radares, processamento de multas e de sinalização de trânsito e semaforização, por causa da reportagem veiculada. A matéria citava ainda que a empresa atuava em Campinas, através de um contrato mantido com a prefeitura. Ao ser questionado, Jonas Donizette afirmou que a própria administração municipal havia procurado a reportagem para desmentir o fato, já que a prefeitura não mantem nenhum contrato em vigência com a Cobrasin. Segundo ele, os valores pagos às empresas que operam os radares em Campinas são fixos e independem da quantidade de multas que são aplicadas no município. “Eu já pedi para a equipe da Emdec entrar em contato com a reportagem, porque eles se enganaram. É outra empresa que opera aqui na cidade. Os nossos radares têm uma remuneração fixa por ponto. Então não importa se ele multa uma pessoa ou 10 ou 100. A quantidade de multa é indiferente para o pagamento à empresa”, garante.
A Cobrasin, empresa responsável pelos contratos de processamento de multas, semaforização e sinalização de trânsito informou em nota que as declarações de seu funcionário são inverídicas e fantasiosas. A empresa comunicou que ele trabalha com sinalização viária e não tem autorização ou competência para falar em nome da Cobrasin