Campinas registrou nos primeiros 15 dias do ano, volume de chuva maior que em todo o mês de janeiro do ano passado. Segundo os dados do Cepagri da Unicamp, na primeira quinzena do 2020, choveu 199 mm. Em todo janeiro de 2019, foram 191 mm. A média histórica para o mês é de 273 mm. Ou seja, em metade do mês, choveu mais que dois terços da média.
A pesquisadora do Cepagri da Unicamp, Ana Ávila explica que nos dois anos anteriores choveu menos do que o esperado e neste ano a região está vivendo uma certa normalidade. “Nós tivemos chuvas abaixo da média. Então, agora está bem diferente dessa realidade de 2018 e 2019. Não é anormal. Na verdade, janeiro costuma ser chuvoso”, detalha.
Apesar de considerar o volume de chuva normal para a região, Ana Ávila acredita que neste mês o volume histórico será batido. Uma das características registradas neste ano é a grande incidência de descargas elétricas. O motivo, segundo a pesquisadora do Cepagri, está diretamente ligado à poluição. “As regiões metropolitanas têm aumento des descargas por contas das partículas que ficam suspensas”, afirma.
Ainda segundo Ávila, janeiro de 1991 foi o mês com o maior volume de chuva registrado na história da cidade, desde que a Unicamp passou a fazer o monitoramento. Naquele ano, choveu 418 mm. O volume foi considerado atípico e anormal diante da média histórica. Para este final de semana, a previsão é de mais chuvas e temporais.