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Extensão da Maria Fumaça vira “elefante branco”

Foto: Flávio Botelho

O projeto da prefeitura de Campinas de expandir o trajeto da Maria Fumaça, da estação Anhumas até a Praça Arautos da Paz, no Taquaral, foi transformado em um “elefante branco”. As obras começaram em 2010, e foram paralisadas. Sobraram as estruturas já montadas que trazem perigo para a população.

O estudante Gustavo Moraes teme ir até o ponto de ônibus que fica perto da estrutura na Vila Nogueira. “Pego o ônibus às 6h30 e às vezes a visibilidade não é boa. Aí fico com medo de vir alguém”, afirma. A atendente Viviane Veiga mora em uma rua próxima e segundo ela, na época da instalação, eram muitas as promessas vindas do poder público. “Isso não vai servir para nada. Foi só para gastar dinheiro mesmo. No começo, eu fiquei muito animada com o projeto. Eu pensei que viria uma coisa diferente para a gente, mas não veio nada”. A corretora de seguro Marina Moraes também mora perto da Maria Fumaça. Para ela, o projeto é um exemplo de dinheiro público jogado fora. “Eu moro perto da estrutura abandonada. É um desperdício. Além de tudo é perigoso para a gente, principalmente à noite”, afirmou.

Além das estruturas abandonadas, outras vigas ocupam uma grande área na Estação Anhumas, ponto de partida da Maria Fumaça em passeios turísticos até Jaguariúna. Segundo o diretor financeiro da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Maurício Poli, o material está se deteriorando e impedindo  a expansão de um outro projeto na estação. “As vigas se encontram paradas aí e hoje a gente tem várias outras que foram condenadas. Elas ocupam espaço do nosso pátio. A gente tinha a ideia de expandir a área de visitação do museu, mas não dá por conta desse material abandonado”, explica.

O projeto de expansão da Maria Fumaça foi retomado pela atual administração municipal em julho de 2014. A promessa era de retomar as obras em janeiro do ano seguinte. No relançamento do projeto, o prefeito de Campinas, Jonas Donizete, explicou durante coletiva a imprensa que o custo estimado era de R$ 5 milhões. Deste total R$ 1 milhão viria de um convênio com a Caixa Econômica Federal e o restante, Fundo Municipal de Apoio ao Turismo (Fatur). Em nota, a prefeitura de Campinas informou que por se tratar de um investimento de custo elevado, a administração ainda negocia um TAC para a verba necessária. Deste modo, seria possível atualizar o projeto e retomar as obras.

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