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Projeto de bolsões para entregadores de app emperra

Foto: Flávio Botelho

O projeto de lei sobre a criação de áreas especiais para atender os trabalhadores que utilizam motos e bicicletas para entrega de produtos por aplicativo, apresentado no primeiro semestre do ano passado, continua parado e sem data prevista para votação na Câmara de Campinas. Enquanto isso, os trabalhadores deste segmento do mercado continuam utilizando qualquer espaço para poder parar e descansar um pouco. O estacionamento de uma loja localizada na esquina das ruas Barreto Leme e Sacramento, acabou se tornando ponto de parada para os entregadores.

O proprietário do local, Luis Otávio, explicou que chegou a colocar uma faixa para impedir a prática e, depois de muita conversa, conseguiu convencer os motociclistas a não utilizarem o espaço. Só que a reclamação dele continua. “O número de condutores parando diminuiu, mas ainda existe. Isso gera um certo transtorno aqui pra gente. E, em outros locais, também acaba afetando o trânsito”, comenta ele.

O motociclista Ewerton Ferrara já é veterano na profissão. De acordo com ele, faltam bolsões específicos para os entregadores estacionarem os seus veículos, principalmente na área central de Campinas. “Na área central, seria o ideal ter bolsões pra facilitar o nosso trabalho de entrega. Até porque é uma região com endereços complicados para fazer o trabalho. Ali perto da Prefeitura, por exemplo, não tem onde parar”, conta.

Na região do Cambui, é fácil encontrar os motoboys estacionados em grupos. Um desses locais é a calçada existente ao lado da Caixa Econômica Federal, na Rua Barreto Leme, esquina com a Júlio de Mesquita. O Largo Santa Cruz também acabou caindo no gosto dos motociclistas.

De acordo com o vereador Nelson Hossri, autor do PL, uma série de alterações teve que ser feita no texto original. Segundo ele, a proposta é evitar transtornos e garantir maior conforto aos próprios trabalhadores da categoria, que cresceu e continua aumentando. Mesmo sem citar uma data específica, o parlamentar acredita que o texto deverá ser votado nos próximos meses. Caso isso não aconteça, explicou que vai pedir a urgência na votação.

“O projeto é bom tanto para os motoboys, como para as empresas de aplicativo e de locais onde os alimentos são colhidos, quanto para a sociedade. Por isso que, se não for votado até abril, pedirei urgência na votação, porque é importante e tem que ser votado esse ano”, opina.

Hossri diz ainda que o projeto prevê que a criação dos bolsões para parada dos entregadores por aplicativo não vai exigir investimentos por parte da Administração Municipal, mas poderá ser aplicado com uma parceria entre a Prefeitura e a iniciativa privada.

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