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UPA fecha aos fins de semana e transfere pacientes

Foto: Leandro Las Casas

Muitos pacientes que são atendidos às sextas-feiras na Unidade de Pronto Atendimento do Carlos Lourenço, em Campinas, precisam ser transferidos para outros hospitais, como o Mário Gatti e o Ouro Verde. A situação acontece porque a UPA só abre por 24 horas de segunda a quinta e não recebe a população aos finais de semana. Com isso, fecha os portões às 17h toda sexta e precisa distribuir os atendidos pela cidade.

A reportagem foi ao local perto do horário de fechamento na última sexta e conversou com pessoas atendidas, ou que acompanhavam pacientes. Crítico, André Vieira estava com o pai e se disse sem opção. “Resolve nada. Pra quê que abriu uma UPA 24 horas? Pode ser que a gente tenha que ir pra outro hospital, que pode demorar não sei quanto tempo, ou nem atender. Então tá muito complicado, viu?”, reclama.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cecílio dos Santos, diz que a situação já motivou reuniões com a Prefeitura, que promete que contratações serão feitas para que a UPA funcione a semana toda. Enquanto isso não acontece, porém, alega que a coordenação da unidade justificou que os pacientes que estão dentro do prédio depois das 17h às sextas são atendidos com base na classificação de cada caso.

Para os mais graves, no entanto, as transferências são necessárias. E, para isso, ele confirma que as ambulâncias do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, precisam ser utilizadas no trajeto. “É através da Central de Regulação, que faz um processo que seja o menos traumático possível. Por isso estamos cobrando a Rede Mário Gatti há um tempo e eles dizem que vão fazer a contratação” detalha.

Em nota, a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar informa que os pacientes são transferidos para os hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e outras unidades hospitalares conveniadas com a secretaria. O texto diz que casos menos complexos “são transferidos pelas ambulâncias de transporte da rede” e que as “transferências dos casos mais graves são feitas pelo Samu”, que tem estrutura para o procedimento.

Conforme o posicionamento, “as famílias estão cientes da mudança de local”, “as transferências são feitas com segurança para os pacientes” e “são feitas até às 7h de sábado”, quando a UPA para de funcionar. Por fim, diz que os atendidos “ficam internados nas enfermarias ou nos leitos dos prontos-socorros” e alega, sem dar prazo, que “o início do funcionamento aos finais de semana depende de recursos financeiros”.

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