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Desvalorização das escolas incentiva a violência

O Estado de São Paulo registrou em 2018, 9.330 agressões entre alunos dentro das escolas estaduais. O número foi 67,86% maior que o registrado no ano anterior. Além das agressões entre alunos, foram registrados também 434 atos violentos contra professores dentro das instituições. Os dados referentes ao ano de 2019 ainda não são conhecidos, mas a violência nas escolas continua sendo praticada.

No último dia 19 de fevereiro, um estudante de 36 anos foi preso em flagrante após esfaquear um colega, de 18, dentro da Escola Estadual Heitor Penteado, em Americana.  No mesmo dia, uma aluna da Escola Estadual Wadih Jorge Maluf, de Sumaré, foi agredida por duas pessoas no pátio da unidade de ensino.

Para a professora doutora Márcia Sigrist, da Faculdade de Educação da Unicamp, a desvalorização da escola como local de formação humana é um dos agravantes para o aumento da violência no ambiente escolar. Para ela, é necessário que as escolas façam um plano de ação com os alunos para minimizar os problemas.As ações devem envolver também a comunidade e as famílias dos alunos, pois, na atual conjuntura em que o país atravessa, não dá mais para esperar pelo governo.

De acordo com Sigrist, estudos e pesquisas feitas com alunos mostram que os estudantes reproduzem o que aprendem no núcleo familiar no ambiente escolar. Segundo ela, é notório verificar a má conduta de alunos que não respeitam os demais, com desvalorização da escola e dos professores propagada pelos pais. Na opinião dela, a redução da violência de toda a ordem dentro das escolas depende das famílias.

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