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Educação alerta sobre os perigos do “desafio da rasteira”

Arquivo CBN

A Secretaria Municipal de Educação de Campinas informou, nesta quinta-feira, que as 206 escolas da Rede Municipal receberão orientações para saber como lidar com a mais nova brincadeira envolvendo crianças e adolescentes: “O Desafio da Rasteira”.

A brincadeira é realizada por três participantes que, um ao lado do outro, pulam para ver quem vai mais alto. De forma pré-combinada entre os dois da ponta, eles não pulam e passam uma rasteira no colega do meio que pulou sozinho. O impacto do tombo, normalmente de costas, levou uma adolescente de 16 anos à morte, em Mossoró, no fim do ano passado.  

O diretor do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, Luiz Mariguetti, comentou que em função da disseminação em massa vias redes sociais os agentes públicos também precisam dar uma resposta mais rápida. Ele comentou ainda que, assim que chegou para a Secretaria a nova “brincadeira”, eles já tomaram medidas administrativas para que os profissionais da educação pudessem falar do assunto com os alunos.

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia emitiu uma nota a respeito do assunto alertando também os pais e educadores sobre a necessidade de reforçar a atenção com crianças e adolescentes, diante do desafio. De acordo com a nota, a queda provoca uma queda brutal, onde um dos participantes bate a cabeça diretamente no chão, antes que possa estender os braços para se defender. 

Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo (Traumatismo Cranioencefálico – TCE), além de danos à coluna vertebral.  Como resultado, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito. O que parece ser uma brincadeira inofensiva, é gravíssimo e pode terminar em óbito. 

Os responsáveis pela “brincadeira” de mau gosto podem responder penalmente por lesão corporal grave e até mesmo homicídio culposo. Por fim a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia diz que pais, filhos e amigos, devem agir para interromper o movimento e prevenir a ocorrência de novas vítimas. Acompanhar e educar sobre a gravidade dos fatos, pode ser a primeira linha de ação.

 

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