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Impasse faz Jonas cogitar colégio militar em Campinas

Foto: Danilo Braga

A indefinição sobre a implantação da gestão cívico-militar na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Odila Maia Rocha Brito faz o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, cogitar um colégio militar no município. Informado pelo Ministério da Educação de que a cidade tem até março para concluir o processo sem correr o risco de perder o projeto, Jonas voltou a lamentar o impasse na Justiça, mas disse já ter buscado contato com generais.

Na opinião dele, caso não haja a suspensão da liminar que impediu a consulta popular sobre a implantação, Campinas inevitavelmente vai ficar sem o modelo e deve focar os esforços em viabilizar uma unidade integralmente militar. “Se não responder até o prazo que o ministério dá, Campinas infelizmente não poderá ter. Mas eu já fiz contato com um general e pedi a ele que construa um colégio militar. Se for preciso, a Prefeitura vai doar um terreno”, defende ele.

A votação sobre a proposta de gestão escolar do Governo Federal, que envolvia alunos maiores de 16 anos, professores e pais de estudantes aconteceu em dezembro de 2019, mas foi suspensa por uma liminar logo após ser iniciada. O pedido foi feito pela Promotoria de Infância e Juventude de Campinas, que entendeu que o adiamento se fez necessário porque o processo precisaria de um debate maior com a sociedade. A Prefeitura tentou reverter, mas não conseguiu.

Em segunda instância, no fim de janeiro, o Tribunal de Justiça de São Paulo não acatou o pedido de suspensão. Com isso, o processo segue parado e incomoda não só o prefeito, mas também os pais que são favoráveis à gestão cívico-militar. Com o início do ano letivo, a maioria acredita que a votação para definir se a mudança vai ocorrer já deveria ter acontecido para facilitar a retomada das atividades. Diane Silva Dias diz que mantém contato com outros interessados. “Nada. Até o momento, só aguardando alguma definição. Não tem qualquer informação da diretoria. Tem só um grupo do WhatsApp sobre a manifestação de quem quer a escola e entrou com processo na Prefeitura”, detalha ela.

A mobilização dos pais citada por Diane resultou em um abaixo-assinado com mais de 600 nomes. O documento foi entregue à Prefeitura no fim de janeiro, e pediu providências para a retomada das discussões. Só que o impasse continua. Campinas é a única cidade paulista que pode receber o modelo cívico-militar. O projeto destina R$ 1 milhão para a escola escolhida, estabelece que a administração seja militar e promete não interferir nas diretrizes pedagógicas.

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