Mortes nas vias caem 11%, mas motos preocupam

Foto: Guilherme Pierangeli)

Cinquenta e oito pessoas morreram em acidentes de trânsito em Campinas em 2019. O número é 11% menor que o registrado no ano retrasado, 65. Mas entre os motociclistas, o total de fatalidades cresceu 10%, de 29 para 32. O resultado liga o alerta e faz a Emdec planejar um pacote de medidas.

O secretário de Transportes e presidente da empresa, Carlos José Barreiro, vê relação direta entre os dados e o uso cada vez maior de aplicativos. Para ele, a realidade dos entregadores de alimentos faz com que, muitas vezes, os trabalhadores não adotem alguns cuidados e desrespeitem as leis. Por isso, quer discutir ações de prevenção com as empresas de entregas, reforçar a formação nas autoescolas e cobrar até as concessionárias.

“Primeiro, vamos às empresas para que os motociclistas sejam orientados e treinados. Além disso, teremos ações com aqueles que formam os condutores. E vamos também às lojas pra falar sobre os itens obrigatórios”, detalha.

Barreiro diz que as propostas são justificadas também por outros números. Entre eles, o índice de veículos envolvidos em acidentes fatais na cidade. As motocicletas aparecem relacionadas a 50% das ocorrências, a frente dos carros, com 32%, ônibus, 9%, caminhões com 8% e bicicletas, com 1%. Com base no Infosiga, do governo do estado, a Emdec aponta uma redução de mortes gerais na casa dos 43% desde 2013 e indica o menor dado em 25 anos.

Mas Barreiro foi questionado sobre janeiro deste ano, mês no qual o sistema estadual de acidentes aponta que 18 pessoas morreram em Campinas. O resultado é o maior desde 2015, mas precisam ainda ser avaliados, segundo o secretário de Transportes, principalmente porque envolvem as rodovias.

“Nós estamos avaliando. Ocorreram acidentes estranhos em janeiro e queremos entender. Pra nós, é algo pontual. Em fevereiro, por enquanto, não tivemos muitos acidentes. Então, vamos avaliar e, se preciso, fazer ações”, diz.

Apesar de aparecerem como o veículo mais envolvido em fatalidades, as motos representam 14,8% da frota atual de Campinas, que tem 917 mil veículos. Ainda conforme a compilação da empresa responsável pelo trânsito, entre as 32 vítimas que estavam nas motocicletas, todas eram do sexo masculino.

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