O reitor da Universidade Estadual de Campinas, Marcelo Knobel, não acredita que o novo teto salarial de R$ 39,2 mil possa ser motivo de críticas da população. Na opinião dele, o valor a ser pago a partir de março é adequado. Além disso, repetiu que o teto é necessário para evitar a chamada “fuga de cérebros”. As afirmações foram feitas no lançamento da campanha Nossa Unicamp, que aborda justamente a impressão da sociedade sobre a instituição.
“É um teto máximo. Na Unicamp, não tem ninguém que atinge o teto. O que estamos recuperando com isso é a carreira dos professores. Então manteremos aqui bons profissionais para ter a excelência que a gente tanto precisa”, opina.
O aumento foi confirmado em janeiro, depois que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, concedeu medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade que pedia a equiparação do teto salarial das universidades estaduais e federais.
A campanha Nossa Unicamp se baseou em uma pesquisa feita pela Agência Sabiá, fundada na universidade. O trabalho não teve custos e concluiu, por exemplo, que 93% da população da RMC considera a instituição ótima ou boa. A partir do estudo, o foco foram as histórias de como a Unicamp transformou a vida de ex-alunos, funcionários, professores e pacientes da saúde. A intenção é prestar contas sobre o papel da universidade à sociedade e ao Poder Público.
“A gente precisa disso, porque quem financia a universidade pública é a sociedade. É o dinheiro de impostos que é bem utilizado. Então precisamos mostrar para os políticos em particular que a universidade é fundamental”, diz.
A campanha apresenta vídeos com relatos de oito personagens além de depoimentos em texto que estão no site nossa.unicamp.br. No link também é possível que qualquer pessoa deixe o próprio relato, lembrança ou experiência.
