A Prefeitura de Campinas entregou nesta quarta-feira mais um trecho das obras do BRT. Desta vez, o local liberado fica na altura do bairro São Bernardo. São cerca de 1,5 km entre o Piçarrão e a ponte da Rodovia Anhanguera. A via será utilizada pelo novo modelo de transporte público que está em fase de implantação.
O trecho, porém, não está disponível ainda para os usuários do sistema de transporte, já que os veículos do BRT são especiais, com as portas de acesso pelo lado esquerdo e piso elevado, ao contrário dos ônibus atuais. Para que a população possa utilizar o novo modelo, a licitação do transporte terá que sair do papel. Prevista inicialmente para meados de outubro passado, a Emdec terá que relançar o edital.
Segundo o secretário de Transportes de Campinas e presidente da empresa responsável pelo trânsito, Carlos José Barreiro, a expectativa é de que o processo seja retomado em março. Isso porque, há dois impeditivos. “O juiz deu um despacho atendendo demandas do Ministério Público e nos entendemos que cumprimos esses pedidos do MP com a realização da audiência pública. Já o outro impedimento é o Tribunal de Contas, que recebeu questionamentos das participantes da licitação”, afirma ele.
Barreiro comentou ainda que espera, com o novo certame, seguir os cronogramas e conciliar a entrega dos demais trechos e a liberação do viário com a implantação do novo sistema de transporte. “Nós esperamos que, ao longo de fevereiro, tenhamos o retorno do TCE. E aí reconstruiremos o edital em março e, no meio do ano, possamos seguir com a liberação dos trechos dos corredores”, alega.
O sistema a ser implantado dividiu a cidade em seis regiões, além da Área Branca, onde só poderão circular veículos coletivos não poluentes. A nova concessão está prevista para movimentar R$ 7,4 bilhões em 15 anos e exigir investimentos que chegam a R$ 870 milhões. Já com relação às obras do BRT, o investimento é de R$ 451 milhões. São 36 quilômetros de corredores que ligam a região central aos distritos do Ouro Verde e do Campo Grande. Ao todo, 38 estações de transferência serão construídas, além de cinco terminais e 16 pontes e viadutos.