Moradores da região do Jardim Proença e motoristas que utilizavam o acesso até a Rua Abolição pela Rua Dr. José Rocha Junqueira não podem mais utilizar a via, que foi bloqueada. A rua de pequena extensão está dentro dos limites de propriedade de uma faculdade e o acesso agora só é permitido para quem tem a instituição de ensino como destino.
A entrada pela Rua Abolição recebeu cancela e controladores de fluxo monitoram a área. O mesmo acontece na saída da rua pelo estreito túnel por baixo da linha férrea. Para o autônomo Ewerton Lima o fechamento da Rua Dr. José Rocha Junqueira vai atrapalhar muito o seu trabalho. “Quem vem de moto, precisa deixar na rua. Altera muito. Eu venho de longe e vou precisar fazer outro caminho”, conta.
Já para quem mora nas proximidades do túnel que dá acesso a rua bloqueada, a medida não causa transtornos. Segundo um dos moradores, que preferiu não se identificar, em termos de trânsito, ficou até melhor. “Não fez muita diferença pra mim. Até favoreceu pra gente. Pra mim, melhorou”, afirma.
Com o fechamento, a antiga via pública se transformou em um bolsão de estacionamento e de circulação para quem vai a faculdade existente no local, a São Leopoldo Mandic. De acordo com a instituição de ensino superior, a rua no passado era apenas uma passagem de terra em uma área que pertencia a antiga rede ferroviária. Com a instalação da faculdade a via, que nunca foi pública, foi asfaltada e passou a ser usada pela comunidade.
O estreito túnel existente no final da rua acabou se tornando perigoso por conta da onda de assalto e acidentes. De acordo com o advogado da faculdade, André Laubenstein, em 2017 a faculdade propôs à Prefeitura de Campinas dar uma solução definitiva ao local. Para tanto, a instituição contratou uma empresa especializada para fazer um estudo de área com o intuito de verificar os impactos viários que o fechamento poderia causar.
Segundo Laubenstein, o resultado mostrou que o fechamento da Rua Dr. José Rocha Junqueira , apresenta mais benefícios do que impactos negativos ao sistema viário local. “Todo aquele trânsito gerava impacto grande na Abolição. Com essa mudança, ficou verificado que a gente eliminaria esse e outros problemas. Com o entendimento de que o espaço é da São Leopoldo Mandic, a Prefeitura autorizou as medidas”, justifica.
De acordo com informações da assessoria da Emdec, sob o aspecto de trânsito, não há objeção ao fechamento da passagem, desde que fique assegurado o acesso ao local pela Abolição. Ainda segundo a empresa, foi desenvolvido um projeto, que tramita na Prefeitura, para análise da Administração Pública. Tal avaliação envolve diversas secretarias, entre elas a de Planejamento e Urbanismo. Segundo a Secretaria Municipal, o fechamento da rua é provisório e tem validade de um ano e ao longo deste período será discutido um Termo de Acordo de Compromisso a ser assumido pela faculdade.
