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Hossri quer CPI da Cohab contra suposto tráfico de influência

O vereador Nelson Hossri, do Podemos, vai tentar abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara para apurar um suposto esquema de tráfico de influência política na Cohab de Campinas envolvendo o ex-secretário de Habitação e ex-presidente da Cohab, Samuel Rossilho, com a participação do ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin, e do atual secretário de Habitação e presidente da Cohab, Vinícius Riverete.  Para isso, são necessárias, pelo menos, 11 assinaturas dos colegas do Legislativo. Ele afirmou que, até agora, conseguiu sete.

Hossri disse que recebeu a denúncia, de forma anônima, e que o material também foi encaminhado pelo denunciante ao Ministério Público de São Paulo. Ele explicou que a denúncia envolve a criação de uma empresa que seria utilizada para cobrar, por meio de transações com líderes comunitários, das comunidades por serviços de consultoria sobre regularização fundiária. 

Uma outra forma de atuação seria através de invasões negociadas com os proprietários dos imóveis em áreas atingidas por ocupações irregulares. A denúncia enviada ao Ministério Público trata também de uma suposta participação do ex-presidente da Cohab em empresa construtora e recicladora de resíduos na construção civil, que também teria firmado parcerias com companhia.

Em nota, a Cohab repudiou a denúncia anônima e classificou como calunioso e infundado o documento enviado ao Ministério Público de São Paulo sobre a possibilidade da existência de um esquema de tráfico de influência para assuntos referentes a regularização fundiária. A companhia disse que a denúncia tem viés político e busca atingir o grande trabalho realizado em prol da regularização fundiária na cidade, programa este que tem sido usado como modelo por inúmeras prefeituras do País que, em Campinas, já beneficiou 20 mil pessoas e que vai beneficiar, pelo menos, outras 60 mil até o final deste ano.

Informou ainda que a Cohab Campinas é uma empresa que não cobra pra fazer reurbanização de áreas públicas, mas pode cobrar se for em áreas particulares, como também libera para qualquer associação contratar o profissional que achar melhor, conforme lei vigente. A lei de Regularização Fundiária Urbana permite que as propriedades privadas sejam regularizadas e pagas pelos ocupantes ou pelos proprietários da área. Tanto em Campinas como em outros municípios do Brasil existem inúmeros escritórios se especializando nessa prestação de serviço. A Cohab encerra a nota informando que essa mesma denúncia já foi feita junto ao MP, de forma anônima em outubro de 2019 sem nenhum tipo de prova. Após a prestação de informações pela Cohab, a denúncia foi arquivada. A defesa de Silvio Bernardin não foi localizada.

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