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Câmara anuncia medidas e doação de R$ 7 mi à saúde

Foto: Valéria Hein

A Câmara de Campinas tomou medidas relacionadas ao combate à pandemia do covid- 19. As ações afetam as atividades do legislativo. A casa anunciou também que irá destinar quase R$ 7 milhões ao combate ao vírus em Campinas. Na Câmara, os gabinetes de todos os vereadores funcionarão somente com um assessor em cada escritório. Os demais comissionados dos gabinetes deverão ficar em sistema de home office. As sessões seguem ocorrendo, mas sem a presença de público.

O presidente da Câmara, vereador Marcos Bernardelli, do PSDB, detalha as ações que mudam o funcionamento da casa. “Nós tomamos medidas administrativas com relação aos funcionários, ao público em geral, o fechamento do acesso de toda população, as reuniões ordinárias vão acontecer já agendadas até segunda, quando faremos outra reunião. Na semana que vem decidiremos se faremos uma reunião por semana ou se fecharemos o legislativo como um todo”.

Ou seja, as reuniões ordinárias, que normalmente ocorrem duas vezes por semana, poderão ser realizadas somente uma vez por semana, ou até mesmo, serem suspensas. Caso isso ocorra, medidas estão sendo estudadas para que votações relacionadas ao combate ao coronavírus não deixem de ocorrer. “Eu pedi esse estudo na casa já de que, se for possível, fazer a sessão online, para que casos de extrema urgência não deixem de ser analisados”.

Outra medida anunciada foi a doação de R$ 6,8 milhões da Câmara à Prefeitura. A ideia é que a verba seja utilizada exclusivamente para a compra de Equipamentos de Proteção Individual para médicos e funcionários da Saúde de Campinas. “Nesses dois meses e meio fizemos uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões, esse dinheiro já está a disposição da prefeitura, principalmente no que diz respeito a equipamentos para os próprios funcionários públicos vinculados a rede de saúde”.

O Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Pedro Tourinho, do PT, que também é médico, é um dos defensores de que a verba seja utilizada na compra de equipamentos para os profissionais da saúde. “Houve uma percepção de que os profissionais de saúde são um público particularmente vulneráveis ao adoecimento. A gente teve relato de mais de 2 mil profissionais de saúde na Itália que acabaram tendo contato com o vírus e adoecendo, e isso é péssimo sob qualquer ótica.”

Segundo o vereador, quase um quarto dos trabalhadores da saúde de Madri, capital da Espanha, adoeceram, e isso prejudicou os trabalhos de combate ao Covid-19 e o tratamento dos enfermos. “Primeiro não é justo nem aceitável que os profissionais da saúde adoeçam tão mais que o resto da população pois são pessoas que têm de estar protegidas como todo mundo, mas além disso, isso causa um prejuízo severo na capacidade do sistema de cuidar das pessoas”, afirma. O afastamento de trabalhadores da saúde por motivo de doença pode aumentar a chance de colapso do sistema de saúde brasileiro durante o pico de casos no país.

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