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Clínicas restringem atendimento para evitar contágio

O combate ao coronavírus tem causado preocupação com a saúde da população de todo o planeta. Porém, um grupo específico tem motivos para ficar ainda mais apreensivos: os profissionais da saúde. Muitos deles estão lidando ou ainda irão lidar com pessoas infectadas com o vírus. Por isso há a necessidade de um cuidado maior por parte desses profissionais, conforme ressalta a presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Fátima Bastos. “Somos os soldados dessa guerra, então temos de estar seguros, protegidos, ter bastante cuidado com nosso atendimento, mas não podemos deixar essa batalha. Em outros países 20% dos atingidos são profissionais da saúde”, observa.

Esses cuidados passam principalmente pelo uso dos equipamentos de proteção. Profissionais da saúde infectados pelo vírus se tornam um problema duplo: Primeiro, pelo próprio fato de eles ficarem doentes e aumentarem o número de infectados, com alguns correndo risco de morte. O segundo problema é o desfalque de trabalhadores para atender outros infectados em um momento de alta demanda.

Para que haja maior disponibilidade de profissionais para atenderem os pacientes com Covid-19, e também reduzir a exposição desnecessária, a recomendação da SMCC é pelo cancelamento de procedimentos que não sejam urgentes. “Já começar a cancelar cirurgias eletivas, que não são urgência, e atendimentos que não são urgência, evitar de fazê-los para que as pessoas e hospitais fiquem livres para os pacientes de urgência”.

Profissionais da área que não irão lidar diretamente com o tratamento dos infectados também precisam tomar cuidados extras, umas vez que o atendimento ao público os expõe ao risco de contaminação. É o caso do médico oftalmologista André Camargo, que reduziu o número de atendimentos em sua clínica. “Então nós optamos por reduzir o volume de pessoas na clínica, mas manter principalmente o acompanhamento desses casos crônicos, se não nós deixariamos na mão muitos pacientes. Vamos manter um atendimento mínimo, urgência e emergência, mas vamos atender aqueles com necessidades que não podem esperar”. E esses atendimentos ocorrem com a clínica em condições diferentes das habituais, como redução do número de pessoas e abertura de janelas ao invés de uso de ar-condicionado.

A dentista Danielle Manzano Garcia também reduziu o número de atendimentos. “Estamos orientando pacientes a virem somente em caso de extrema urgência, e mesmo assim, pacientes que não apresentam nenhum tipo de sintoma” (de Covid-19).

 

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