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Historiadora analisa gripe espanhola e covid-19

Foto: Liana Coll / Divulgação Unicamp

Traçar um paralelo entre a pandemia do coronavírus e a gripe espanhola é algo inevitável. Causada por uma variação da H1N1, a gripe espanhola ocorreu no início do século XX e foi uma pandemia que completou 100 anos em 2018. Em Campinas, na época, as notícias sobre as 100 milhões de mortes no mundo fizeram com que a população se mobilizasse, orientada pelas autoridades sanitárias da época, para evitar que a população fosse devastada.

Sobre o tema, a historiadora Liane Bertucci Martins, doutora em História pela Unicamp e professora da Universidade Federal do Paraná, escreveu um artigo intitulado “Aprendendo com o Passado, Campinas e a gripe de 1918”, apresentado em um simpósio em 2005. Liane lembra que, em 1918, as manchetes da imprensa sobre a gripe espanhola se pareciam muito com as de hoje sobre a covid-19.

Para Liane, o coronavírus veio para provar que, mesmo cem anos depois, ainda não temos a garantia de que estamos no controle da ameaça dos vírus, como muitos acreditam – uma análise que ela chegou a propor em uma de suas defesas de tese. A gripe espanhola matou 5% da população mundial. É claro que, mesmo proporcionalmente ao número de habitantes no mundo hoje, a tragédia na época foi muito maior.

Liane cita o avanço da medicina e do saneamento básico, mas lembra que a conscientização da população está contribuindo para que vidas sejam salvas. A gripe espanhola recebeu esse nome por causa da atenção dada pela imprensa na Espanha na época, que foi maior do que no resto do mundo. De acordo com os historiadores, o país não estava envolvido na guerra do período e, portanto, não houve censura de informação sobre a doença.

 

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