A família do médico Juan Ochoa emitiu uma nota de repúdio, nesta terça-feira, em que classifica como “leviana” a forma com o que o Prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB) citou o caso dele, mesmo sem mencionar o nome do profissional, como possível morte provocada pelo coronavírus.
Na segunda-feira, em coletiva à imprensa, Jonas comentou um possível segundo caso de morte em Campinas provocada pelo novo coronavírus e disse que, nesse caso, havia algo extraordinário: o médico teria atestado a própria alta.
Na nota de repúdio, a família diz que a declaração de Jonas foi proferida de forma leviana, e desrespeitosa, demonstrando o desconhecimento em relação ao caso. Ressaltou ainda que cabe ao prefeito a missão de informar a sociedade,averiguando a veracidade das informações. A nota ainda cita que a informação dada provocou uma situação desconfortável à família, para os amigos que com ele conviveram e, principalmente para o legado que ele deixou, como médico respeitado que sempre foi. Na coletiva de imprensa desta terça-feira, logo na abertura, Jonas Donizette pediu desculpas à família.
A família do médico informou que na sexta-feira dia 20 de março, após sentir dores no estômago, Juan passou pelo Pronto Socorro no hospital Samaritano oportunidade em que foi realizado o exame de raio-x e constatada leve pneumonia. Após as devidas providências médicas, foi dispensado e retornou à casa. Um dia depois, no sábado dia 21, após sentir grande dificuldade para respirar, voltou a mesma unidade hospitalar, na qual esteve internado na Unidade de Tratamento Intensivo até a madrugada de segunda,quando faleceu.
De acordo com as informações da família, em virtude de todas as evidências clínicas, foi realizado o exame PCR para confirmar a suspeita da Covid-19, resultado que ainda aguarda. Foi informado ainda que, em momento algum, o médico assinou qualquer documento atestando sua alta médica.
