O aumento das lojas com as portas fechadas no centro de Campinas é visível e o número de estabelecimentos comerciais que estão encerrando as atividades só cresce. Para Gabriela Santana, este cenário preocupa quem frequenta o centro de Campinas. Marisa Silva teme pelo futuro de centro de Campinas se a situação não se reverter. Daniel Gustavo Aguiar tem uma loja de moda jovem na Avenida General Osório, no quarteirão entre a Rua Luzitana e a Avenida Anchieta, num trecho com muitos estabelecimentos fechados.
Para Deniel, além da questão econômica do país, em Campinas a dificuldade para os comerciantes se agrava ainda mais por causa do IPTU muito caro e do alto custo dos aluguéis. Daniel cita ainda que algo precisa ser feito para combater o aumento de pedintes e pessoas suspeitas circulando pela região central, que acabam afastando os consumidores. Para Jane Salles, gerente de uma loja de moda feminina na esquina das avenidas Luzitana e General Osório, manter o comércio aberto no centro não é fácil. Ela cita a fidelidade dos clientes, o produto de qualidade e o atendimento diferenciado como fórmulas para manter o comércio funcionando.
Em nota, a Prefeitura de Campinas ressaltou que mesmo com a revisão da Planta Genérica de Valores, o valor venal de mercado dos imóveis continua sendo maior que o aplicado pela Prefeitura para fins de IPTU. Alega ainda que o fechamento dos comércios é reflexo do desemprego e da crise econômica do País, que desestimulam o consumidor a comprar. Sobre segurança, a prefeitura disse que a Guarda Municipal faz rondas preventivas diariamente pela região central, tendo uma base da GM instalada no centro. Além disso, destacou que no último ano instalou 21 câmeras inteligentes que permitem reconhecimento facial, em locais de grande circulação de pessoas e entregou 240 pontos de iluminação pública.