A maioria dos que buscaram atendimento na agência do Poupatempo da Avenida Francisco Glicério, em Campinas, nesta sexta-feira, no horário de abertura, às 8h, teve que voltar para casa sem ser atendido. Só entrega de documentos e casos de urgência foram atendidos. Nem mesmo usuários com agendamento feito pela internet estavam sendo recebidos. Uma funcionária foi até a frente da unidade, onde uma grande fila se formou, para informar os usuários sobre a medida.
Um dos usuários que estava na fila havia levado o exame toxicológico, que custou R$ 170, ao Poupatempo para dar andamento na CNH de motorista profissional e não conseguiu ser atendido. Cerca de meia hora depois, os funcionários se reuniram e decidiram que só os agendamentos seriam atendidos, mesmo após usuários agendados que estavam na fila terem sido dispensados.
Dentro da agência, a coordenação de atendimento informou que a não se tratava de um protesto e não soube explicar porque as pessoas agendadas que estavam na fila no horário de abertura não foram atendidas. A orientação do Poupatempo é que sejam priorizados os serviços pela Internet. No entanto, durante esta semana, a reportagem da CBN constatou que a unidade do centro continuava lotada e com aglomeração. As medidas de prevenção do Governo Estadual sobre o Poupatempo contra aglomerações, até o momento, são orientações em cartazes afixados nas unidades. O local disponibilizava álcool em gel na manhã desta sexta-feira.
O Governo Estadual definiu, no início da tarde desta sexta-feira, que as unidades do Poupatempo, Detran e Junta Comercial só vão atender por meio online, via e-mail e telefone. Na mesma ocasião, o governador João Doria decretou estado de calamidade pública em São Paulo a partir de sábado. De acordo com a nota enviada, o objetivo não é criar pânico, mas permitir facilidades de ações do governo e dos municípios.