Diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus, autoridades e especialistas de todo o mundo testam o uso de medicamentos que já existem no combate a covid-19. A necessidade de uma solução rápida para o grave problema de saúde pública, exclui, pelo menos neste primeiro momento, o estudo e o desenvolvimento de um medicamento exclusivo para o tratamento da doença. Desenvolver uma vacina, o que seria eficiente, também não traria alívio imediato. Isso porque, os dois casos exigem meses de estudos e testes antes de serem aprovados para uso na população.
Deste modo, a saída mais rápida são os testes com medicamentos já existentes, que podem de fato evitar mortes por covid-19. É o caso da cloroquina e da azitromicina, que já desmonstraram ser eficientes no combate ao coronavírus, segundo afirmou a professora do Instituto de Biologia da Unicamp, Clarice Arns. Porém, ela alertou os riscos que o uso desses medicamentos podem trazer para o paciente, já que eles apresentam muitas contraindicações. “Funciona sim. Se você tratar ela no laboratório, você vê que ela dar uma diminuída enorme na replicação do vírus. Agora temos que ver como isso vai funcionar no paciente. A gente já conhece as contraindicações e os efeitos colaterais. Por isso o uso deve ser feito somente em hospitais”, afirma.
Nos últimos dias, países como a China, os Estados Unidos e a Rússia anunciaram avanços na produção de uma vacina contra o Sars-Cov-2, o tipo de coronavírus que causou, até o momento, a morte de mais de 16 mil pessoas no mundo. Na corrida contra a pandemia, testes clínicos em humanos já começaram em território norte americano e no país asiático, enquanto a Rússia deu início aos testes em animais.
