Os correntistas das agências bancárias de Campinas estão preocupados com a chance de contrair o Covid-19 dentro dos estabelecimentos do município. O uso diário dos caixas eletrônicos por milhares de pessoas e o compartilhamento de espaços fechados são citados na lista de temores. Cientes das formas de contágio por superfícies contaminadas e pelas vias respiratórias, os clientes e frequentadores de bancos tentam se prevenir.
Ricardo Martins acompanhava a esposa em um banco localizado na Avenida Francisco Glicério e decidiu ir para calçada ao ver um homem espirrando. Ele também acredita que o ideal seria a higienização frequente com álcool das teclas e telas dos equipamentos usados para operações, consultas e saques. “Eu já saí, porque o cara deu um espirro e já é bom evitar né? Sobre as teclas, não tem como não encostar. Então, teria que limpar o dia inteiro”, diz.
A reportagem esteve em três estabelecimentos bancários do centro da cidade, onde não viu qualquer aviso sobre os cuidados e as formas de prevenção. Mas em todos eles, como previsto em uma lei municipal de 2011, havia um dispositivo com álcool gel. Só que os reservatórios ficavam em pontos discretos.
Stephanie Andrade saiu de uma dessas agências, não viu que o local oferecia o produto para higiene das mãos, mas está tranquila porque diz se cuidar. Ela já tem o costume de guardar um frasco de álcool gel na bolsa e confirma que intensificou o uso devido à preocupação sobre os casos do novo coronavírus. “Na verdade, quando tenho alguma gripe, ou no inverno, eu carrego. Mas agora, uso ainda mais. Então, nesses lugares públicos é preciso ter a vista”, opina.
A Federação Brasileira de Bancos foi questionada sobre possíveis medidas ou recomendações contra o vírus, mas não respondeu até o fechamento da matéria. Conforme o balanço mais recente do Ministério da Saúde, o Brasil tem 25 casos confirmados de Covid-19. Ente os sintomas, estão tosse, febre e cansaço.