De acordo com dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, o Cepagri da Unicamp, o volume de chuva em Campinas no mês passado foi 14% maior do que a média prevista. Em fevereiro, foi registrado 216 milímetros de precipitação. O esperado para o período era de 190,5 mm.
Segundo os registros do Cepagri, a última vez que a cidade registrou um acumulado de chuvas acima da média prevista foi em 2016. Em fevereiro daquele ano, o volume foi de 283 milímetros de chuva. Em 2019, Campinas teve 174 milímetros de precipitações no segundo mês do ano.
De acordo com a diretora do Cepagri, Ana Ávila, apesar da grande quantidade de chuva, o volume foi considerado satisfatório para o verão. Ela também cita que em fevereiro foram registradas duas frentes frias acompanhadas de massas de ar frio, o que justifica a queda nas temperaturas.
No verão do ano passado, a temperatura bateu a casa dos 36,2º. Neste ano, chegou a 33º. A situação é considerada dentro da normalidade, pois, diferente dos verões anteriores, desta vez não houve interferências dos fenômenos El Niño e La Niña.
Outra característica do verão deste ano, foi a variabilidade espacial com chuvas mais concentradas em determinadas regiões. Essa característica, segundo a Ávila, explica o volume maior de chuvas na região de Piracicaba, o que causou vários pontos de alagamentos em mais de uma ocasião. As chamadas linhas de instabilidades foram monitoradas pelo Cepagri para alertar os departamentos de Defesa Civil.