Empresas da região pedem socorro na crise

As medidas adotadas em relação à pandemia provocada pelo novo coronavírus causaram uma consequência negativa muito grande na atividade econômica do país e nas empresas da região não foi diferente. Em geral, a produção caiu numa média de 80% e, segundo o Ciesp Campinas, as empresas têm se desdobrado para preservar o emprego. A antecipação de férias coletivas, banco de horas, home office e redução da jornada de trabalho e dos salários, de acordo com a Medida Provisória do Governo Federal foram adotadas para evitar as demissões.

Mas o Ciesp alerta que todas essas ferramentas foram usadas e começam a apresentar um esgotamento. O diretor da entidade na região, José Nunes Filho, afirma que a situação é muito grave já que uma provável retomada das atividades, prevista para as próximas semanas não significará o fim da crise. Ele afirma que a relação entre a produção e consumo vai levar mais um tempo para se normalizar. “Eu acredito que daqui para a frente vai ser muito difícil segurar as demissões. Mesmo porque essa crise não termina com a retomada das atividades. Ela continua. Porque nós não vamos ter o mesmo nível de consumo que nós tínhamos antes do isolamento. As pessoas agora tem mais receio de sair às ruas, não vão frequentar restaurantes, não vão ao cinema e nem a shoppings. Isso mantém o consumo baixo, inibindo a produção”, acredita.

Deste modo, é importante o governo das cidades e estados, além da União, olhem com urgência para o setor, para evitar um cenário ainda pior. A pesquisa de sondagem industrial feita pelo Ciesp apontou que os problemas principais continuam nesses últimos 30 dias, como a falta de crédito, necessidade de suspensão de impostos e a preocupação com a preservação dos empregos. Assim, o Ciesp-Campinas está disponibilizando gratuitamente para prefeituras e entidades dos mais diversos segmentos da região, o Plano de Retomada da Atividade Econômica Após a Quarentena.

O documento elaborado pela Fiesp, com 74 páginas, traz em detalhes as diversas experiências de países com a pandemia e as orientações técnicas da Organização Mundial da Saúde. O documento detalha os protocolos e normas sanitárias para diversos setores de atividades do comércio, serviços e indústria, como explica José Nunes Filho. “Nós estamos inclusive entregando a todas as prefeituras, entidades e empresas um documento com um protocolo para a retomada gradual da atividade. Estamos entregando para todos os agentes envolvidos e com isso esperamos colaborar”, disse.

Para minimizar as dificuldades econômicas provocadas pela crise, o Ciesp anunciou o apoio a uma ação do Sesi, que fornecerá 11 mil refeições gratuitas por dia para entidades assistenciais da região durante um mês.

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