Com um caso confirmado que está isolado em casa e 43 suspeitas de covid-19, Jaguariúna montou um hospital de campanha e ampliou o total de leitos na rede pública de saúde para atender um possível aumento de pacientes com a doença.
A estrutura emergencial exclusiva para contaminados pelo coronavírus tem capacidade para atender 29 infectados. A unidade foi instalada na parte de trás da Unidade de Pronto Atendimento, que tem espaço atual para 15 pessoas.
O prefeito, Gustavo Reis, do MDB, lembra que o Hospital Municipal Walter Ferrari também teve o número de vagas ampliado de 78 para 118, o que deixa o município com 162 leitos e preparado para uma possível piora no panorama.
“O hospital e a UPA nos deixam bem equipados, mas também estamos com barreiras sanitárias e conscientizando a população sobre a importância do isolamento nesse período no qual podemos ter uma aceleração de casos” diz.
Ao comentar o anúncio do prefeito da capital paulista, Bruno Covas, do PSDB, sobre o uso da cloroquina para tratamento na rede municipal, Gustavo Reis é cauteloso e alega que prefere esperar resultados que comprovem a eficácia.
“A gente tem que aguardar dados oficiais da OMS e do Ministério da Saúde pra utilização disso. Se for confirmado e de fato surtir efeito, vamos usar sim. A gente fica preocupado, mas é fato que não existe uma regulamentação”, opina.
Entre os 43 suspeitos, duas crianças estão internadas e um adulto segue na UTI. Todos eles são atendidos na rede privada. Os hospitais particulares, aliás, foram responsáveis pelos três testes feitos no município: dois negativos e um positivo.
A situação, de acordo com Gustavo Reis, expõe a sobrecarga do Instituto Adolfo Lutz. O laboratório concentra amostras de todo o estado e passou a dividir a demanda com outros locais, mas a medida ainda não surtiu efeito completo.