O reitor da Universidade Estadual de Campinas, Marcelo Knobel, afirmou que as atividades na instituição, suspensas por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, deverão continuar paralisadas após o dia 30 de abril. A Unicamp foi a primeira universidade pública do Brasil a suspender aulas e demais práticas desde o dia 13 de março. Na ocasião, a decisão teria validade de um mês e a previsão de retomada do trabalho diário na instituição era o dia 12 de abril.
Posteriormente essa data foi adiada para o dia 30 deste mês e deve sofrer nova alteração nos próximos dias. Numa live feita em redes sociais nesta sexta-feira, 03, o reitor Marcelo Knobel disse acreditar que será necessário adiar a retomada das atividades por mais algum tempo. De todo modo, ele afirmou que antes que qualquer decisão seja tomada, haverá uma análise criteriosa sobre o avanço da pandemia no Brasil. “Eu acho cedo para avaliar, mas talvez não seja possível voltar no dia 30. A gente está avaliando todos os dias e está seguindo as recomendações, que neste momento indicam uma quarentena. E na nossa avaliação, essa quarentena vai se estender bastante. Então acho prematuro ver que a gente consiga voltar no dia 30. Vamos ver”, disse.
Com as aulas presenciais suspensas, a Unicamp vem utilizando alguns mecanismos que permitem que os estudantes sigam com os cursos de graduação. O ensino à distância é uma das possibilidades. Mas diante da gravidade do quadro, a universidade deixou os estudantes escolherem se querem continuar cursando este semestre. Marcelo Knobel garantiu que quem optar por não seguir o calendário até o meio do ano, não será penalizado. “Permitimos que haja trancamento do semestre, inclusive para ingressantes neste ano, o que geralmente não é permitido. Estamos permitindo o trancamento de disciplinas até o dia 15 de julho. Então é uma série de medidas para ajudar o estudante. E naturalmente, aquele que optar, por qualquer motivo que seja, por não fazer esse semestre, pode trancar porque não vai ser prejudicado de modo algum”, afirma.
Mesmo com as atividades suspensas, a pesquisa da Unicamp segue apresentando bons resultados, importantes também para combater a pandemia. A universidade já tem prontos 180 mil testes rápidos de covid-19.
