Uma máscara usada na indústria e por bombeiros foi adaptada para pacientes. O dispositivo de pressão positiva de oxigênio serve os casos graves de covid-19. A ideia e a criação são do empresário de Campinas Marco Aurélio Fernandes. Notando as dificuldades enfrentadas nas UTIs, ele concluiu que deveria fazer algo. O conceito se baseia no tratamento dos doentes e na proteção dos profissionais.
“São aquelas máscaras que pegam o rosto inteiro e que possibilita o fornecimento de ar enriquecido com oxigênio e evita a contaminação por médicos e enfermeiros que estão em volta desse paciente internado”, explica.
Marco é engenheiro e trabalha com Equipamentos de Proteção Respiratória. Para ele, a iniciativa vai evitar improvisos nas unidades de terapia intensiva. Isso porque, muitas vezes, sacos plásticos são usados para aumentar a pressão. Como a peça usada já possui certificação adequada, alega confiar nos efeitos. A intenção é garantir o fornecimento com a adição de peças e filtros específicos.
“Esses filtros são utilizados na área médica. Então, nós não criamos. Nós pegamos e acoplamos ao nosso equipamento. Na realidade, essa máscara já é existente na indústria e possui certificação do Ministério do Trabalho”, afirma.
O fabricante original pode fornecer 400 máscaras, que custam R$ 1,4 mil cada. Mas o empresário diz estar empenhado na redução e quer buscar doações. A patente já foi requerida junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Além disso, o registro é aguardado na Anvisa para o uso efetivo nos hospitais.