O plano de reabertura do Governo do Estado foi bem recebido pelos varejistas da região de Campinas, principalmente pelo fato de dar autonomia aos prefeitos conforme o estágio de evolução do contágio do coronavírus.
A afirmação é da presidente do Sindivarejista, Sanae Murayama Saito, que diz que a entidade foi ouvida no processo de estudo para a composição de um cronograma de reabertura das atividades e da economia.
“Estamos muito satisfeitos, porque fomos ouvidos. O Sindivarejista há muito tempo vem falando sobre essa autonomia das prefeituras conforme a cor que a cidade tem no mapa do estado de São Paulo”, defende ela.
Questionada sobre como os empresários estão se preparando para a retomada, repete a receita que foi colocada em prática durante o isolamento, já que aposta que as vendas presenciais não devem aquecer rapidamente.
Como exemplo do que pode ser feito, Murayama cita a aproximação com o cliente através de canais como o WhatsApp, o reforço do e-commerce e também a prática do chamado drive-thru com pedidos encomendados.
“O nosso empresário está bem preparado, embora saibamos que o consumidor não chegará de pronto. Mas a pandemia nos ensinou que o cliente presencial é importante. Só que precisa ser acarinhado com promoções”, diz.
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Campinas, Adriana Flosi, também aprovou o conteúdo e elogiou o fato do plano levar em conta os contextos sanitários e econômicos de regiões e municípios.
Ela define as regras como um “alento” para empreendedores e comerciantes e alega que o cronograma converge com as propostas apresentadas pela Federação das Associações Comerciais do Estado, a Facesp.
“Sinaliza um alento neste momento, porque levar em consideração as características de cada lugar, como os números de leitos, óbitos e as vocações econômicas, é um caminho que aponta ao sucesso”, opina.
Flosi entende que o momento serve para que as associações comerciais se aliem ainda mais ao poder público, orientando os empresários e consumidores. O foco, para ela, será o retorno de forma segura à normalidade.
“Então, estamos muito focados neste momento pra apoiar, orientar e ajudar o empresário pra que alcancemos as próximas fases e para que não tenhamos o risco de retroceder”, finaliza.
A flexibilização a partir de 1º de junho será feita por áreas. A região de Campinas está na fase 2, a segunda mais grave, na escala de 1 a 5, mas com indicação de reabertura somente com autorização do prefeito .