O Conselho de Reitores das Universidades Paulistas, formado pela Unicamp, a Unesp e a USP, pediu ao governo de São Paulo parte do montante que a União vai encaminhar ao estado para ajudar na crise causada pelo surto de covid-19.
Na instituição de Campinas, a solicitação acontece ao mesmo tempo em que um corte de R$ 72 milhões dos gastos previstos em 2020 é proposto. A medida vai ser discutida nesta terça em reunião extraordinária do Conselho Universitário.
No argumento da reitoria, as ações e a revisão dos valores são necessárias por conta da queda na arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias, o ICMS, principal fonte de renda da universidade.
Segundo a previsão da Assessoria de Economia e Planejamento da universidade estadual, a redução no orçamento está próxima dos R$ 220 milhões. A Unicamp, porém, também requereu repasses adicionais para a área de saúde.
O governo informou que a reunião com o Cruesp ocorreu no dia 6, mas alega não ter uma decisão. A explicação é que a análise é feita pelas pastas de Governo e Fazenda, que consideram qual a prioridade. Mas o valor não foi detalhado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp se colocou contra as medidas de contingenciamento da reitoria. Entre os cortes, está a suspensão do incentivo noturno até 30 de junho e ainda o pagamento de hora extra por três meses.
A progressão de carreira dos trabalhadores também foi congelada e por isso a diretoria da entidade afirma que a instituição deveria cobrar do governador um repasse da compensação que os estados vão ter e que foi aprovado no Senado.