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Jonas terá que explicar flexibilização ao MP

Prefeito de Campinas, Jonas Donizette (Foto: Divulgação/PMC-Fernanda Sunega)

O Ministério Público de Campinas determinou que a prefeitura apresente uma justificativa para a liberação do funcionamento do comércio em geral, em esquema de drive-thru e delivery, anunciada pelo município na manhã desta segunda-feira, 11. No final da tarde, a promotora Cristiane Hillal, deu um prazo de 24 horas para administração responder aos questionamentos, o que deve ser feito nesta terça-feira.

A decisão da promotoria foi baseada na preocupação com o possível impacto que a medida poderia causar nos deslocamentos e no índice de isolamento social, diante da necessidade de enfrentamento ao novo coronavírus. A promotora ressaltou ainda que o decreto estadual, que vigora até 31 de maio, não pode ser flexibilizado pelos municípios e que qualquer decisão tomada nesse sentido, deve estar embasada por estudos científicos.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette e o governador João Doria, vêm se desentendendo nas últimas semanas sobre uma possível flexibilização da quarentena. O chefe do executivo municipal chegou a apresentar no final de abril um plano de retomada econômica que seria implantado com uma semana de antecedência ao fim da quarentena imposta pelo estado. O governo paulista não apenas rejeitou o plano, como proibiu qualquer flexibilização nas restrições exigidas para o combate ao novo coronavírus.

No último dia 08, Doria não só ignorou o plano de reabertura do comércio como ampliou a quarentena até o final do mês. Quando o anúncio era feito pelo governador, Jonas Donizette, que estava no Palácio dos Bandeirantes, fez uma live em suas redes sociais dizendo que respeitaria a decisão do estado, mas que buscaria alternativas com os comerciantes de Campinas. A resposta veio nesta segunda-feira, com as medidas que permitem a retomada de todo o comércio através de serviços drive-thru e delivery.

No mesmo momento, em coletiva de imprensa em São Paulo, João Doria garantiu que se não houver uma taxa de isolamento acima de 55% no estado até o final do mês, a quarentena poderá ser mais uma vez estendida. O governador não descartou a possibilidade de um lockdown, sistema que obriga as pessoas a ficarem em casa, se não houver a adesão necessária para o isolamento social. A prefeitura informou por nota que recebeu o ofício e que vai responder integralmente aos questionamentos do Ministério Público.

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