Assim como no Ouro Verde e no Campo Grande, Nova Aparecida, em Campinas, também registrou aglomeração em uma lotérica. A fila se alongava pela calçada e era o principal ponto de movimentação do comércio do distrito na manhã desta quarta.
A procura pelo local se dá principalmente pelo saque do auxílio emergencial, mas muita gente também pagava contas. Ao longo da Avenida Papa João Paulo II, a maioria dos estabelecimentos estava fechada, mas o fluxo de pessoas era intenso.
André Luís, dono de uma banca de alimentos, diz que mais da metade dos locais fechou depois que a fiscalização aumentou. Enquanto usa máscara e toma todos os cuidados para não ser infectado, notou uma queda no movimento desde o início do surto.
“A fiscalização vem e cada um faz sua parte. O movimento agora caiu uns 40%. Mas estou de máscara e assim vou continuar”, diz.
Usuária de ônibus, Neusely Amaral passa todos os dias pelo Terminal Padre Anchieta, que costuma encher nos horários de pico. Enquanto aguardava a abertura da ótica onde trabalha, ela comemorou o fato de fazer o trajeto com os coletivos mais vazios.
Também com o rosto protegido, afirmou que os cuidados são frequentes com álcool gel dentro ou fora dos ônibus municipais. “Eu pego horário de pico, mas no sentido contrário. Eu venho do centro pra cá. Eu me higienizo e tento manter a distância”, conta.
A reportagem esteve no terminal e notou espera entre passageiros, mas não havia grandes aglomerações ou filas no espaço.
O fluxo no distrito é percebido dois dias depois da melhor taxa de isolamento social em uma segunda-feira na cidade de Campinas. De acordo com o sistema do governo do estado, o índice foi de 48%, mesmo nível medido no dia 13 de abril, também com 48%.
